A cidade de São Carlos foi reconhecida pela Secretaria de Estado da Educação pelo bom desempenho em alfabetização, sendo selecionada como uma das finalistas do prêmio ‘Município Destaque na Alfabetização’, que teve como referência os resultados da Avaliação de Fluência Leitora, teste realizado na rede de ensino com alunos dos segundos anos do ensino fundamental.
A Escola Municipal de Ensino Básico (EMEB) Janete Lia, apresentou um Índice de Fluência em Leitura (IFL) de 7,6 considerando uma escala de até 10 pontos possíveis, com a participação de 1.059 alunos (90,4%) dos 1.183 previstos. A média do IFL nas demais escolas municipais de São Carlos foi de 6,3, superior à média do estado que é de 4,8. A EMEB Janete Lia é uma escola de período integral e traz para São Carlos o melhor índice na avaliação somativa realizada no final de 2023.
A premiação acontecerá no próximo dia 20 de fevereiro, na cidade de São Paulo, quando será lançado o Programa Alfabetiza Juntos SP. São Carlos está entre os municípios convidados pelo Governo do Estado, e o prêmio será recebido pelos secretários municipais Roselei Françoso (Educação) e Netto Donatto (Governo), um reconhecimento da gestão da Educação em São Carlos na garantia do direito à alfabetização.
O secretário municipal de Educação, Roselei Françoso, explicou que para realizar essa avaliação a SME, com autorização do prefeito Airton Garcia, contratou professores de apoio, com o objetivo de recompor dificuldades no processo de aprendizagem e auxiliar no processo de alfabetização e de leitura.
“Para a nossa satisfação as nossas escolas ranquearam em primeiro lugar, uma alegria porque com os investimentos vieram os resultados, uma motivação para seguirmos investindo ainda mais na Rede Municipal de Ensino, adquirindo mais acervos e contratando mais docentes”, frisou.
São Carlos também já fez a adesão ao Programa Alfabetiza Juntos SP, do governo do estado de São Paulo que faz parte do compromisso nacional da criança alfabetizada que é do Governo Federal.
A Fluência Leitora avalia o desempenho individual dos alunos do 2º ano do ensino fundamental na leitura e compreensão de textos escritos, visando identificar possíveis lacunas no processo de alfabetização. A atividade prática permite avaliar a capacidade dos estudantes no entendimento de palavras, pseudopalavras e textos adequados à sua etapa escolar, levando em consideração sua habilidade, fluidez e ritmo de leitura. O processo é feito através de um teste oral, realizado por meio de um aplicativo exclusivo do CAEd (Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação), pelo celular que grava a voz dos estudantes durante a leitura de algumas palavras e um texto narrativo e em seguida, os áudios são analisados e classificam os estudantes em um perfil de leitor: pré-leitor (não consegue ler convencionalmente com autonomia), leitor iniciante (lê com dificuldades, silabando) e leitor fluente (aquele que lê as palavras e partes do texto com compreensão e sem dificuldades).
São consideradas leitoras fluentes as crianças que conseguem ler entre 45 e 60 palavras corretamente no decorrer de um minuto, entre 28 e 40 pseudopalavras (palavras inventadas ou sem significado) e atingem 97% de precisão na leitura de palavras existentes em um texto.
A avaliação ganhou espaço no meio educacional à medida que se verificou, na literatura e no meio acadêmico, que a oralização é essencial para a compreensão e, sem a fluência, os estudantes teriam dificuldades na aprendizagem.
A partir dessas informações, gestores e professores podem planejar e desenvolver estratégias pedagógicas com foco na leitura de acordo com o nível de desenvolvimento de cada um dos seus estudantes.
Avaliação de Fluência em Leitura é apenas uma das várias ações realizadas por meio da Parceria pela Alfabetização em Regime de Colaboração (PARC).